Promotor
Ar de Filmes
Breve Introdução
Colónia Penal ( Le Bagne ) é uma peça inacabada de Jean Genet, que chegou também a ser um guião de cinema, e que foi por ele escrita e reelaborada ao longo 15 anos, entre 1942 e 1964.
É um "verdadeiro santuário do seu Imaginário", no dizer de Michel Corvin ( que fez a edição da peça para a coleção Folio-théâtre) traduzida por Fátima Ferreira e Luis Lima Barreto nessa versão.
Trata-se de uma sucessão de cenas - de quadros, mais propriamente dito -. com um ténue fio narrativo, ligadas pela presença de um punhado de personagens, utilizando diversas formas de expressão literária,desde o poema em prosa ao guião cinematográfico, passando, e baseando-se, nele evidentemente, pelo discurso dramático.
Participação do cineasta João Botelho que realizou o Quadro das Vítimas, filme que integra o espectáculo.
Sinopse
Colónia Penal, é sem dúvida o texto onde Genet mais se aproxima do texto dramático de expressão "globalizante" que procurou nos últimos anos da sua vida. Nele está contida uma súmula da temática e do estilo genetianos: a prisão e o degredo como paraíso sonhado e perdido; a idealização de uma vida essencializada pela proximidade da morte; a exaltação do crime como meio dela se aproximar; a guilhotina como objeto santificador; o herói concebido como um banido, que espera esse gesto de sublimação e de libertação. A colónia penal, o degredo, é um espaço idealizado, onde a morte ou a aproximação dela, se torna como tema sempre presente e liga todas as personagens. Neste espaço autónomo, longe do mundo, perdido num deserto, onde vive uma sociedade de excluídos, convivem os degredados, os guardas e os administradores da prisão, todos lúcidos, alienados pelos seus sonhos e atormentados pela fantasmagórica aparição das vítimas e a poética e supervisora narração do sol e da lua.
Título original
Le Bagne
Tradução
Fátima Ferreira e Luis Lima Barreto
Ficha Artística
COLÓNIA PENAL ( Le Bagne) de Jean Genet
Encenação: António Pires
Tradução: Fátima Ferreira
Luís Lima Barreto
Com:
Luís Lima Barreto
João Barbosa
Hugo Mestre Amaro
Rafael Fonseca
Gio Lourenço
Igor Regalla
David Spínola
João Maria
Francisco Vistas
Christian Martins
Filmes :
João Botelho
Imagem : Rodrigo Albuquerque
Som: Paulo Abelho
Edição : Edgar Alberto
Vítimas : Márcia Breia
Francisco Tavares
Jaime Baeta
Carolina Campanela
Guilherme Alves
Cenografia: Alexandre Oliveira
Figurinos: Luís Mesquita
Caracterização: Ivan Coletti
Luz: Rui Seabra
Assistente de iluminação: Cláudio Marto
Música: Paulo Abelho
Assistente de som: Guilherme Alves
Ilustração : Joana Villaverde
Direcção de Produção : Ivan Coletti
Administradora de Produção : Ana Bordalo
Comunicação: Maria João Moura
Produtor: Alexandre Oliveira
Produção: Ar de Filmes / Teatro do Bairro
Dur. Aprox. 100 m
M/16
Encenador
António Pires