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Ar de Filmes
Breve Introdução
Frank Wedekind escreveu o despertar da primavera entre o Outono de 1890 e a primavera de 1891. Falamos de três estações: Outono, Inverno e Primavera. O tempo de criação, três fases. É ousado identificar as três fases e ainda assim, sinto que é necessário fazê-lo: Revolução, Libertação e claro, Paixão.
Seria injusto falar no Despertar da Primavera como uma obra voltada só e apenas para a libertação da sexualidade. Ou será a sexualidade também ela ponte para um caminho bem mais profundo, ligado à essência dos homens e das mulheres, que dela se alimentam?
Qual será este sitio que nos permite estar ali e nos impede de estar noutro qualquer?
O homem dá vida e a mulher cria uma vida dentro de si. É preciso entender o que está escrito além destas palavras, é redutor pensar nisto apenas pela óptica da razão.
O que é que uma mãe passa verdadeiramente aos seus filhos? E um pai?
Não serão as grandes feridas que todos carregamos, alçapões dos nossos ancestrais?
Não carregamos todos nós, no fundo, exactamente as mesmas dores de alma, e o que difere é só e simplesmente, a forma como olhamos para essas dores?
Ficha Artística
Texto: Franck Wedekind
Tradução: João Barrento
Encenação : Sofia de Portugal
Desenho de Luz: Paulo Gomes
Guarda Roupa e caracterização: Ivan Coletti
Coreografia: Paula Careto
Interpretes: Alvaro Aragonez, Carolina Lopes, André Vazão, Beatriz Garruncho, Carolina Azevedo, Carolina Santos, Carlota Rocha Marques, Eva Fornelos, Filipe Costa, Gonçalo Pinto, Inês Gomes, Inês Meira, Inês Mata, Martim Galamba, Pedro Nunes, Rafael Costa, Rui Teixeira.